Mostra Virtual do LabGeoc UESB Jequié
Laboratório de Geociências
Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia
Campus Jequié
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Fósseis
Informações gerais
São restos ou vestígios de animais e vegetais que se encontram preservados em rochas. Os restos, por sua vez, são partes de animais, como ossos, dentes, escamas ou vegetais, como troncos. Já os vestígios são evidências de sua existência ou de suas atividades, como por exemplo, as pegadas. Geralmente encontram-se preservadas as partes duras, conhecidas como estruturas mais resistentes dos animais ou dos fósseis vegetais, como dentes, ossos e conchas. Já as partes moles, como vísceras, pele e vasos sanguíneos, preservam-se com muito mais dificuldade. Podendo-se ocorrer também um caso ainda mais raro, a preservação tanto das partes duras quanto das moles, como no caso de mamutes lanudos que foram encontrados intactos no gelo e de alguns insetos que fossilizam em âmbar, por exemplo.
Vale ressaltar que a paleontologia, o estudo dos fósseis, divide-se em três: paleozoologia (estudo dos fósseis animais), paleobotânica (estudo dos fósseis vegetais) e paleoicnologia (estudo dos icnofósseis, estruturas resultantes das atividades dos seres vivos, como pegadas).
A preservação desses fósseis é resultado da ação combinada de processos físicos, químicos e biológicos. Para que haja uma fossilização são necessárias algumas condições, como por exemplo, o rápido soterramento e ausência de ação bacteriana, que é a responsável pela decomposição dos tecidos; o modo de vida do animal e a composição química de seu esqueleto, influenciam de maneira direta na formação e preservação do fóssil. Entre os restos animais passíveis de preservação incluem-se as estruturas formadas de sílica (óxido de silício), como as espículas das esponjas; a calcita (carbonato de cálcio), como as conchas de muitos moluscos e os corais; a quitina, substância que forma o esqueleto dos insetos; e a celulose, encontrada nos troncos.
Minerais
Informações gerais
São compostos sólidos formados naturalmente, através de processos geológicos descritos por forças naturais que moldam a constituição física de um planeta, lua, asteroide, cometa, etc, são inorgânicos, homogêneos, que não podem ser fisicamente separadas em compostos sólidos mais simples, de composição química definida, sendo assim, compostos por elementos químicos que variam em um intervalo restrito de composição conhecida, possuem uma estrutura cristalina, isto é, apresentam arranjo interno ordenado de seus átomos, íons ou moléculas, que por sua vez, constituem as unidades de repetição ou blocos de construção de um mineral, possuindo assim, uma composição química definida em sua formação e são formados através da interação de processos físicos-químicos. Sendo assim, podemos definir que um cristal é uma estrutura formada por um número incontável de pequenos blocos de construção idênticos arranjados tridimensionalmente. Os blocos e os átomos dentro de cada bloco são repetidos em padrões conhecidos, definidos por operações geométricas de simetria. Esses padrões fazem com que os cristais sejam capazes de demonstrar vários tipos de formas.
Os minerais são classificados de acordo com os elementos químicos presentes na sua estrutura e na forma como esses elementos se distribuem no seu interior, ou seja, são classificados de acordo com sua composição química e estrutura cristalina. As propriedades físicas mais comuns utilizadas para auxiliar nessa classificação são: observação do hábito (forma externa do cristal), dureza (capacidade de um mineral riscar o outro), brilho e cor (como ele reflete e emite luz), bem como propriedades mais complicadas, como geminação, fraturas, clivagens e densidade. Esses minerais podem ser também subdivididos em dois grupos principais, os metálicos e os não metálicos. Nos metálicos se tem como exemplo o ferro, alumínio, cobre, ouro e prata, já os não metálicos se tem como exemplo o carvão mineral, quartzo e o rubi.
Rochas
Informações gerais
É uma associação natural de minerais encontrados em proporções definidas e que ocorre em uma extensão considerável, além de minerais, as rochas também podem conter matéria orgânica, fósseis, água, vidro vulcânico e outros componentes sólidos naturais. O granito, por exemplo, é formado por quartzo, feldspato e, muito frequentemente, também mica. Algumas rochas são constituídas por um único mineral, mas são consideradas rochas, afinal, ocorrem em grandes volumes, formando, por exemplo, um morro inteiro ou camadas que podem se estender por dezenas de quilômetros. Essas rochas são chamadas de monominerálicas, tendo-se como exemplos, o calcário (formado de calcita) e o quartzito (formado de quartzo). Esse agregado natural consolidado representa a unidade fundamental que compõe a crosta e o manto terrestre e registram os processos geológicos ocorridos no passado, sendo que seu estudo permite compreender a evolução do nosso planeta. As rochas, por sua vez, podem ser agrupadas em três grandes grupos, conforme o processo de formação, são elas: ígneas, metamórficas ou sedimentares. As rochas sedimentares constituem, em média, apenas 5% da crosta terrestre, os restantes 95% são de rochas ígneas ou metamórficas.
As rochas ígneas são o resultado do resfriamento e da solidificação do magma. Estas podem sofrer erosão, dando origem a sedimentos que por transporte, deposição e diagênese podem gerar rochas sedimentares, que, por metamorfismo, podem gerar rochas metamórficas. As metamórficas, por sua vez, podem sofrer fusão, formando magma que vai originar uma nova rocha ígnea, fechando assim, o ciclo. Mas rochas metamórficas também podem sofrer erosão e, portanto, também originam sedimentos. Do mesmo modo, uma rocha sedimentar pode sofrer erosão ou fusão e originar outra rocha sedimentar ou uma rocha ígnea, respectivamente. Rochas sedimentares são formadas a partir de partículas sedimentares (sedimentos) e de matéria orgânica que foram formadas com o passar do tempo, a partir de processos químicos, físicos e biológicos. Portanto, qualquer um dos três tipos de rocha pode originar qualquer um dos outros dois.